terça-feira, outubro 05, 2010

SWU - Starts With U - destaques do 1º dia


O Festival SWU já foi objeto de post aqui no Papel Mordaz anteriormente, mas agora dei uma olhada nas atrações pela milésima vez e vim aqui escrever a respeito pra ver se exorciza essa maldita inveja que tenho das pessoas que irão.

http://ultimosegundo.ig.com.br/swu/os+quinze+destaques+do+swu/n1237792197684.html#5

Aí estão 15 destaques do evento pelo site Ultimo Segundo - embora eu particularmente não destacasse Linkin Park, totalmente dispensável no Festival pra mim. Também não conheço algumas coisas daí.

Ainda assim, é de babar. Primeiro, vamos por partes, como diria Jack, o Estripador. Clicar no primeiro dia no site do Festival (http://www.swu.com.br/pt/festival/) e ver enfileiradinhos Rage Against the Machine, Los Hermanos, Mars Volta e Mutantes quase me matou. Rage Agaisnt the Machine é aquela banda que faz a galera se acabar de pirar nos comandos empolgantes do De La Rocha, a guitarra louca do Morello, e eu esqueci o nome dos outros membros da banda (: O fato é que escutar RAM dá vontade de sair por aí fazendo a revolução; é como escutar, claro que em outras sonoridades, Tropicália ou Chico Buarque. Impossível não sentir isso escutando, por exemplo, Gerrila Radio: "It has to start somewhere/it has to start somehow/What better place than here?/What better time than now?/All hell can't stop us now!". Tu é doido! x)

Outra coisa que nunca pensei foi em ver Mars Volta no Brasil. Adoro os caras! O som deles é um tanto esquisito, algumas músicas não são de fácil digestão, mas nem todas as comidas boas são, né? Nem por isso são menos gostosas! A mistura de inglês e espanhol, de instrumentos de várias etnias e tendências também algo que me encanta! Recomendo ouvir o álbum "Francis, the Mute", que é o que estou escutando para escrever esse post ;)

Pra mim, Los Hermanos dispensa apresentações. Mas pra quem não conhece e curte letras repletas de poesia, arranjos muito gostosos de se ouvir, críticas bem inteligentes e psicodelia, recomendo muitíssimo. Claro, nem todo mundo gosta, como o mala do Caio, mas eu sou um "quase-fã" da banda e bicho, não vejo a hora de ouvir CD novo deles e de vê-los tocar de novo. Ainda lembro com saudades do épico único show que eles fizeram em São Luís, apesar da péssima estrutura do local.

Já falei da Tropicália nesse post. Qualquer dia, quando eu tiver mais estudo, é um tema que merece vários posts... mas é uma corrente na música brasileira que está entre as que eu mais aprecio e os Mutantes são um dos marcos dela. Mas, como o próprio nome diz, eles nunca se prenderam a um estilo, o que os torna meio inclassificáveis, para citar o rótulo de Ney Matogrosso x) (aliás, todos os artistas desse post poderiam ter o mesmo rótulo). Desconheço o trabalho deles com a nova-velha formação, a não ser por um vídeo que uma amiga deixou no meu scrapbook uma vez. Mas se eles só estão cantando as músicas velhas, como parece, isso já valeria uma conferida no show!

No palco Oi Novo Som, destaco desse dia apenas Mallu Magalhães. Não por desmerecimento dos outros, mas simplesmente porque não os conheço. Ouço protestos a respeito da Mallu? Ok, ela não é das mais brilhantes, mas faz um som gostoso de se ouvir e lançou disco novo bem competente e com canções muito bem acertadas. Vale a pena conferir.

No próximo post falarei sobre o 2º dia do festival. Joss Stone, Regina Spektor, Dave Matthews Band, Teatro Mágico, Kings Of Leon, Tulipa Ruiz, Lucas Santanna e mais para incentivar a sua ida ou aumentar a raiva de não ir. Inté!

sábado, outubro 02, 2010

Thank You Now, Drake!


“Cara, não dá pra escutar rap e hip-hop. Nesse ‘negócio’ é tudo a mesma coisa”. Inicio esta postagem com esta frase celebre de um amigo meu. É, nem tudo. Mas muito desse tudo é. Mas nem tudo, man. Vez ou outra surge alguém que mostre um diferencial a parte. Claro, nem sempre são eles quem aparece em capas de revista, no topo das paradas e no top do twitter. Mas, ignoremos estas minúcias. Valorizemos o talento. E, atribuído dele, no ano passado encontrei na internet uma música chamada “Best I Ever Had”. Me encantei por ela. Busquei de quem era. Do rapper canadense Drake. Outra surpresa foi quando o vi em listas de melhores discos do ano. Procurei-o mais. É. Indico muito.
Mesmo que contenha somente sete faixas, por ser um Ep, o debut de Drake, “So Far Gone”, é uma mistura de talento, bons vocais, batidas nem tanto usuais e inteligência para manobrar suas letras, diante um segmento tão criticado. Com a já citada “Best I Ever Had”, o refrão é bem gostoso de se ouvir. Em “Sucessfull”, sim, é meio repetitivo, mas ainda sim denota um talento pouco visto em rappers atuais, que sempre tendem a fazer mais do mesmo novamente. Apadrinhado por Lil Wayne, a voz do canadense por vezes assemelha-se a ele, como em “I’m Goin’ In”. Fechando com “The Calm” e “Fear”, o disco, torna-se uma bela indicação.
Logo depois, neste ano, chega “Thank Me Later”. Dude, esse disco é fabuloso. Uma mistura, por parte do Drake, de vocais agressivos (“Over”) e vocais melodiosos (“Find Your Love”) encanta este disco. Vocais que lembram um tom gospel também marcam este álbum, como em “Fancy”. Nela, apesar de vários convidados, como o T.I e o Swizz Beatz, apresenta-se um vocal arrastado, porém adocicado que é ouvido em toda a música, principalmente no refrão. Em relação aos convidados, sim, eles são bons, mas não essenciais. Como o padrinho de Drake, Lil Wayne, em “Miss Me”, não faz a menor diferença.
Mas em outras parcerias, como em “Fireworks”, dueto com Alicia Keys, a beleza deste disco se expressa com perfeição. Nela, Drake faz seu papel corretíssimo de anfitrião, cabendo a Keys encantar em um catártico refrão, que lembra canções antigas suas, como “If I Ain’t Got”. Emoldurada por Kayne West, a já citada “Find Your Love” não chega a ser uma parceria, mas nela pode-se estabelecer uma parâmetro que coloca o Drake bem na frente de outros cantores, que até tentam, mas não saem da mesmice, como o Young Money, Young Jeezy, Rick Ross e The-Dream. Todos talentosos, sem dúvida. Mas sem a veia inspiradora e diferencial do canadense.
Bem depois do Nickelback, e um pouco antes do Justin Bieber, o Drake prova que nem tudo que faz sucesso é necessariamente bom. Enchem estádios, sim. São conhecidos mundo afora, com músicas que marcaram (ou está marcando) gerações, sim. Mas, fazer um bom disco em um segmento tão marginalizado pelo senso comum, não é para poucos. Não mesmo.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Papel News

# Novo trabalho ao vivo de Elba Ramalho chega em outubro.
# Bateirista do The Drums deixa o grupo
A banda, depois der ser revelação em 2009, com o Ep Satellites, lançou este ano o "The Drums". Confira músicas como a bela "Forever and Ever Amen" e "We Tried", sem esqueçer o "hit internético" que os trouxe ao mainstream, "Let's Go Surfing".
# Fleet Foxes finaliza sucessor de "Fleet Foxes", de 2008.
Caso você tenha pensado "essa banda já vai lançar o segundo albúm e eu não conheço nem o primeiro", procure músicas como "Mykonos", "White Winter Hymnal" e "Quiet House".
# Avantasia e Jessye Norman no Brasil.
# Radiohead e R.E.M finalizam albúms, e My Chemical Romance promete disco novo até o fim do ano.
# Jimmy Eat World tem 3 novas músicas na internet.
"My Best Theory", o 1º Single, é uma boa sugestão.
# Black Cards, a banda paralela de Pete Wentz, baixista do Fall Out Boy, lança 1º single de trabalho, "Club Called Heaven".
# Trentz Renor, vocalista do Nine Inch Nails, libera músicas na internet da trilha-sonora do longa-metragem sobre o Facebook.
# Groove Armada abandona os palcos.
# Rihanna não vem mais ao Brasil.
# Steven Tyler em carreira solo.
1º single sai em novembro.

terça-feira, setembro 21, 2010

Lauryn Hill




Em 2010, a temporada de shows internacionais no Brasil tem trazido muitas bandas e artistas. Nesta leva, chegou por aqui neste mês de setembro, a cantora Lauryn Hill. Caso você tenha nascido a tempo de entender a musicalidade dos anos 90, você provavelmente deve ter conhecido os Fugees, banda composta por Wyclef Jean, sempre recordados devido ao hit “Killing Me Softly”, onde Lauryn descarrega emoção, sensualidade e romantismo no belo refrão. Isso aconteceu em 1996. Dois anos mais tarde, Lauryn lançaria, em carreira solo, o também bem sucedido “The Miseducation Of Lauryh Hill”, que celebrava um novo tempo do R&B e hip-hop americano.
Em 1998, músicas como “That Thing” e “Everything Is Everything”, marcaram a epóca, e traziam euforia urbana aos meios radiofônicos. Depois disso, a recente diva se lançaria a outro rumo: a carreira de mãe. Pois é. No mundo da música, ela foi escutada em músicas de amigos seus, como Common e Kayne West (escute a bela “Self Conscious”). Mais de dez anos depois, Lauryn retorna aos palcos, porém sem novidades, com repertório definido, prometendo disco para 2011.

Tudo bem. Reconheço o grande talento dela. O disco de 98 é realmente excelente. Indicação obrigatória. Mas será que ela fez tanta falta assim? Para mim, não. Fuçando pela internet nos últimos anos e apenas antenado às novidades, pude conhecer talentos que, surpreendiam tanto, que me fizeram pensar que Lauryn Hill podia ter mais filhos. Bom, vamos as substituições:
O ano de 2009, para quem deu uma checada no sempre "hip-hopiano" cenário musical norte-americano, pode olhar ali uma ou outra música da Melanie Fiona. Com uma voz suave, agressiva (...) e irresistível, o seu debut foi logo muito elogiado. É pra tanto. O R&B presente aqui seduz o ouvinte da primeira a última faixa, desde conquistando com a provocante “Give It To Me Right” à romântica e bela balada “It Kills Me”, e para dançar e sacudir, e observa-se aqui mais notoriamente a influência de Hill, em “Monday Morning” e no hino-particular, “Ay Yo”, com refrão tão viciante quanto os da ex-Fugees.
Tão bom quanto Fiona, Corrine Bailey Rae até agora não me decepcionou. Depois de um excelente álbum de estréia, conseguindo ganhar muitos prêmios e obter dois hits “Put Your Records On” e “Like A Star”, ela segue em um sucesso linear, com “The Sea”, lançado este ano. Triste, sim. Alegre, sim. Inovador, talvez não. Mas isso não impediu que Corrine estivesse em ótima forma, sabendo atuar por diversas perfomances. “The Blackest Lily”, é puro Rock/Soul. “Closer”, é dignamente uma obra-prima do mundo negro novayorkino. “I’d Do It All Again” muito provavelmente não toque em casamentos, cenas românticas de novela ou outras baboseiras deste nível, mas com certeza tem uma letra tão marcante quanto qualquer outra, que expresse o amor ao seu ultimo nível.
Na linha mais rap/hip-hop, não há como não citar Estelle e Janelle Monae. Coincidentemente, ambas só fizeram sucesso em seus segundos discos, a primeira com “Shine”, de 2008 e a segunda com “The Archandroid”, deste ano. Excelentes discos. Para quem não acompanhou a década de 90, talvez até ache que “Tightrope” da Janelle e “No Substitute Love” da Estelle sejam originais. Em “Come Over”, parceria com Sean Paul, onde Estelle exibe talento com êxito, a ifluência de Lauryn se torna ainda mais notória.
Indo por lado mais Soul, Joss Stone, a branca negra, desfilou talento de sobra durante quatro álbuns. Sim, ela se perdeu nos dois do meio, para recuperou o fôlego (e os elogios) com “Colour Me Free”. O jeitão Lauryn de ser, bem como sua capacidade em entreter com a suavidade de sua voz, coloca-a na lista de inspirações de Joss, ao lado de, provavelmente, Etta James e Aretha Franklin.
Alicia Keys, a última de minha analise, como diz meu pai, chegou chegando. É. Chegou. Nunca poderemos negar a influência no mundo soul/hip-hop de músicas como “You Don’t My Name”, “Fallin’” e “If I Ain’t Got You”. E depois com o disco de 2008, “As I Am”, com “No One”, “Superwoman” e “Teenage Love Affair”. Porém, ao expressar a liberdade em “The Element Of Freedom”, Keys se possibilitou alçar vôos menores, ficando no mais do mesmo, como em “Doesn’t Mean Anything” e “Put It In A Love Song”, parceria nula com Beyonce. A inspiração e a beleza pop se restringem a bela “Unthinkable” e “Try Sleeping With A Broken Heart”.
Lauryn não lançou nada novo e, sinceramente, não acredito em um bom retorno. O show, segundo criticas, não agradou tanto. Logo, sua imagem tem vivido de ser influências para novas divas que vem surgindo. Será esse o futuro dela? Nem sei mais o que esperar. Talvez pelo disco.

domingo, setembro 19, 2010

Quando o canto é reza


Bom, é até vergonhoso dizer que sou membro deste blog sem nunca ter postado, mas acho que chegou a hora, até porque sinto falta de um toque de MPB por aqui - espero que os leitores também! Mas de modo geral, posso dizer que estou muito feliz com o "papel" (rá! sacaram?) que o blog vem desempenhando até aqui.
Sem mais delongas, parto pro objeto desta postagem: o novo e belíssimo álbum da cantora potiguar Roberta Sá em parceria com os excelentes músicos do Trio Madeira Brasil, entitulado "Quando o canto é reza". O álbum é uma homenagem ao grande compositor baiano Roque Ferreira, autor de sucessos da música brasileira imortalizados por nomes como Zeca Pagodinho que gravou a provavelmente mais famosa canção de Roque, "Água da minha sede".
A parceria de Roberta com o Trio Madeira Brasil, que não é de agora, rendeu frutos muito gostosos de se provar; o CD inteiro é carregado da poesia popular mais pura e ainda assim apresenta uma sofisticação ímpar, sem sequer por um segundo tornar-se "música difícil". Pelo contrário, é bem fácil escutar e gostar da música desse quarteto! A combinação dos talentos realmente faz do CD um afago nos ouvidos.
O álbum inicia com "Mandingo", canção que eu conhecia na excelente versão de Pedro Luís e a Parede, onde ela tinha ares mais pesados. Aqui a música não perde sua força, o que mostra o amadurecimento vocal de Roberta, que por vezes era suave demais no início da carreira. Os solos maravilhosos do Trio Madeira Brasil completam a história do "Nego Mandingo", em uma série de referências à cultura afro-brasileira. Seguimos ao som de "Chita fina", música de amor bem mais leve que a anterior, onde se anuncia algo das composições de Roque Ferreira e que pode ser visto por todo o CD: versos simples e belíssimos, falando a língua da gente que ele realmente quer retratar com uma competência que não deixa nada a dever a ninguém e com construções de imagens que são um convite a poetar com ele também. Essas belas canções de amor polvilham o disco, e tais elementos são encontrados também em "Água da minha sede" (em uma versão incrível que acentuou a poesia original da música), "Xire" (que tem um dos versos mais bonitos na opinião de Roberta: "seu namorado serei, serei, serei, sereia")e "A Mão do Amor" (que tem as metáforas e imagens entre as mais inteligentes do álbum, na minha opinião).
A fé e adoração ao povo simples e à cultura afro-brasileira também são elementos fortes nas composições de Roque; além de "Mandingo", são a temática principal também em "Zambiapungo", "Orixá de frente" e "Menino". Friso aqui "Orixá de frente", uma canção extremamente terna, inclusive quando sugere possíveis relações entre o senhor e seus escravos ("quando a preta samba, nos olhos de ioiô é tanto querer bem/bem que iaiá queria, só por um dia, ser preta também"). É lindo ver o carinho e deferência com que o compositor trata os temas afros.
O cotidiano da gente do povo também é marca registrada. "Cocada", "Tô fora" e "Festejo" representam muito bem isso. O compositor consegue ir do humor ao lírico em segundos, sem se perder. Excelente. Para encerrar, temos "Água doce" e "Marejada", duas grandes sucessões de imagens e comparações que exprimem os mais profundos sentimentos de Roque.
Claro que essas temáticas não são estanques, e isso talvez seja o mais delicioso: ver como ele entrelaça tantas em uma só música, o que faz de cada uma delas uma composição única. Tudo isso embalado pela voz de seda da Roberta Sá e pelos incríveis músicos do Trio Madeira Brasil fazem desse CD um resgate a altura da obra de Roque Ferreira e um item que vale muito a pena conferir para os apreciadores do gênero. Recomendo!

sexta-feira, setembro 10, 2010

Novos Vídeos

# Kings Of Leon - Radioactive
# 10 Years - Shoot It Out
# Cee-lo Green - Fuck You
# Placebo - Trigger Happy Hands
# The Ting Tings - Hands
# Marina And The Diamonds - Shampain
# Ne-yo - One In A Million
# B.O.B Feat. Rivers Cuomo - Magic
# Bruno Mars - Just The Way You Are
# Maroon 5 - Give A Little More
# Stone Temple Pilots - Take A Load Off

Priorizem os destacados, por favor.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Good Charlotte


Há 5 anos atrás, o banda pop/punk/emo/rock lançava o plausível "The Chronicles Of Life And Death". Misturando essência pop, com batidas que remetem ao funk, vocais lamuriados (por conta da temporada emotiva), e temperos punk associados ao início da banda, o disco me fez pensar que, o grupo, diferente dos que muitos afirmam, não amadureceu, mas estabeleceu um meio termo entre gerações, proferindo temas sérios para gente jovem.

Com o sucessor, porém, meu céu de esperanças veio abaixo. Não totalmente. "Good Morning Revival" não é todo decepção: "Misery", com letra tristonha, mas com batidas acelerantes, e passagens de guitarra bem marcantes; "The River", com a participação "almost" nula do vocalista do Avenged Sevenfold, cria um hino maduro para a banda; e outras canções, como "Beautiful Place" e "Something Else" trazem um prazer nem tanto duradouro para o disco.
As outras faixas, como a infatilóide "Keep Your Hands Off My Girl", "Victims Of Love", "All Black" e a faixa-título, por um lado, decepcionam o ouvinte, desistindo-o progressivamente de escutar este albúm. O single mais conhecido do disco, "Dance Floor Anthem", nem de longe lembra outros hits, como "The Anthem" e "Boys And Girls".

Eis que chegamos em 2010, e os chalottes prometem albúm novo. Putz. Sinceramente, nem vou me dar ao trabalho de ir no 4shared(huauahuhau). O 1º single, "Like It's Her Birthday", parece uma sobra do disco anterior, e uma mistura de erros e acertos acumulados até então. Com umas notas de guitarra que marcam o refrão, e o vocal de Madden bem propício aos velhos tempos (sem fazê-los), a candidata a hit desencadeia numa canção fraca, com letra simplória e com batidas bisadas.

Bom, espero que essa seja uma das poucas músicas ruins do disco. Afinal, não dá para se esperar que esta seja a única. Mas, justiça seja feita ao Good Charlotte. Não é pra muitos continuar a fazer, até hoje, depois de uma década, fazer o mesmo som que fazem. Literalmente.

Stand In The Middle Corner

Em tempos de conflitos mentais que bradamos por salvação, seja pelo processo de globalização mundial que nos onera cada vez mais aos sentimentos e locais de solitude e abandono, ou pela banalização do espaço comum de recorrência, pude ser beneficiado com o conhecimento de obras excelentes, tanto por seu caratér imediato de resposta, quanto por suas visões analíticas a cerca dos mundo que nos fecunda para alegria momentânea.
O primeiro é uma passagem bíblica, vinda de mateus 25, 13 "Vigiai, pois, porquê não sabeis o dia em que vosso Senhor virá..". Enfatizando o verbo "Vigiar" do versículo, percebemos não somente o retorno de Deus, mas a palavra como essência gramática. Logo, o que pouca gente compreende é o caratér dado ao tom imperativo mostrado, pois se anuncia a precaução, o ser atuando com cautelosidade a cerca dos falsos ventos de alegria que o enganam, para que se atente ao usurfruir, não com limitações, mas com previdência.O segundo é uma passagem "Beatínica", do Livro "Viajante Solitário", do Head-liner da Geração Beat dos anos 50, Jack Kerouac: "Na rua, tudo é perfeito outra vez, o mundo está constantemente impregnado pelas rosas da felicidade, mas nenhum de nós sabe disso. A felicidade consiste em compreender que tudo é um grande e estranho sonho."

Aqui, se outorga a ventura do homem como membro e objeto implicíto do todo que ele é. Porém, esta persona prefere agir com atos de lamúria e acomodação, sem se dar conta de que todo o complemento atrativo para o benefício humano está devidamente estruturado na cidade cinza que vivemos, sejam rosas ou espinhos.
Antes tentarmos compreender o mundo, do que aceitá-lo como ele é, pois a vida está aí, e o que nos impede de viver são deturpações feitas do modelo ideal estabelecido, ribombeados repetitivamente.
Provavelmente esta postagem não alterará em nada o seu pensamento a cerca do mundo e da felicidade. E muito provavelmente você talvez não chegado a conclusão alguma com a minha análise. Mas, se pararmos para pensar, teria algum valor se eu chegasse aqui com a verdade em mãos? O interessante é discutir sobre elas, e não estabelecer definições, pois, como Wilde disse, pela fala do querido Lorde Henry, "Definir é limitar".

sexta-feira, agosto 27, 2010

Festival SWU - Em ITU


É. A tentativa fracassada de fazer um Woodstock nacional foi por água abaixo. Sem nomes de peso da cena veterana que persiste até hoje fazendo show, o festival, mudou de nome, objetivo e bandas. Há meses, toda semana se noticiava uma banda nova que integraria a lista internacional que irá compor o evento. Os mais novos integrantes desta "lista presencial" são os caras do Queens Of The Stone Age. Antes de avaliá-los, comentemos a programação, que ocorrerá nos dias 09, 10 e 11 de Outubro.

Até então, Zac De La Rocha e sua trupe do RATM comandam a inauguração. Mesmo sem novos discos, a banda deverá encantar como sempre fez, pois os integrantes não estiveram parados por aí (exceto Zac, que se tornou ativista politíco). Tocando "Freedom" e "Killing Your Name", a primeira impressão do evento promete ser positiva. Logo, teremos representações nacionais, como Mutantes (lê-se Sergio Dias e Cia.) e Black Drawing Chalks, banda a qual espero ansiosamente por um álbum tão bom quanto o debut. Para quem ainda tiver fôlego, grupos como The Twelves e Killer On The Dance Floor explodem a tormenta eletrônica no fim da noite (?!).


Primeiro dia garantido, vamos ao segundo. Se Kings of Leon, Joss Stone, Regina Spektor e Dave Matthews Band tocarem somente a playlist de seus últimos álbuns, já dá para sair, deste dia, no mínimo contente. Com 4 álbuns na estrada, e o próximo a ser lançado depois da passado por aqui, os manos do KOF devem surpreender novamente em território nacional. Joss, com carga soul renovada e novamente aclamada com o último disco, "Colour Me Free", hits como "You Had Me", "Super Duper Love" e "Tell Me What We're Gonna Do Now", além de essenciais, serão memoráveis, se considerarmos o potencial vocal desta moça. Spektor, conhecida por aqui tardiamente devido ao sucesso de "Fidelity", tem capacidade e bagagem suficiente para empolgar, e principalmente tocar o coração do público, se devendo boa parte disto a "Far", um dos melhores discos de 2009. Dave Matthews, um dos músicos mais aclamados do século XXI, recuperou os elogios que recebeu nos anos 90, com o lançamento de "Big Whiskey and The Groogux King". Unindo faixas recentes (Why I Am e Funny The Way It Is) com antigos sucessos (What Would You Say e Where Are You Going), vale a pena assistí-lo.

Ainda no dia 10, poderemos conferir o retorno do Sublime, com novo vocalista, Rome, de 17 anos. Confesso ainda não ter ouvido nada desta atual formação, mas se depender da atuação do novo vocal em "Lay Me Down", do Dirty Heads, banda influenciadissima pelos "Santerianos", é viável uma oportunidade à banda. A cena nacional se faz presente com Capital Inicial, Jota Quest e O Teatro Mágico. Nada contra tais nomes, mas se você quiser sair depois do show do Sublime, não está perdendo muita coisa (a não ser a performance do Capital para o novo bom disco, "Das Kapital"). Quanto a cena eletrônica, melhor esperar o Gui Borato e o Anderson Noise do próximo dia.

Quem achou que não pulou muito nos outros dias, pode se contentar com o ultimo. Apesar do morno "Minutes to Midnight", o Linkin Park tem músicas de sobra, para empolgar bastante, como fizeram anos atrás, com recorde de público para o grupo, quando Linkin era a melhor banda de todos os tempos da ultima semana. Pixies, Yo La Tengo e Glória talvez dêem uma esfriada, se considerarmos a presença de Queens Of The Stone Age, Incubus, Cavalera Conspirancy e Avenged Sevenfold. Josh Homme e trupe, sem comentários. Brandon Boyd e galera devem mostrar os diferentes caminhos que a banda já percorreu, seja a vertente mais rock ("Megalomaniac"), mais soul ("Are You In") e mais adulta ("Love Hurts" e "Talk Show On Mute"). Irmãos Cavalera vem com tudo com a nova formação (apesar de não gostar da banda, reconheço o talento e a boa atuação deles em show). O Avenged, para que não conhece, é bem cultuado lá fora. Apesar de explodirem bem na fase emo, a banda já impactava no ínicio dos anos 00, com bons riffs de guitarra, bateria acelerada e baixo virtuoso.

Vendo por um lado, não teremos os dinossauros do rock. Com tantos "jovens" atuando belamente, para quê precisamos deles? Pelos neste festival, não farão tanta falta. Mas como faltam umas 5, 6 semanas para o evento, não será espanto novas atrações pela frente.

Confira sequência de shows:

Dia 09:
Rage Against the Machine, Mutantes, Black Drawing Chalks.
Tenda eletrônica: DJ Marky, The Twelves, Killers on the Dance Floor, Glocal

Dia 10: Dave Matthews Band, Kings of Leon, Regina Spektor, Joss Stone, Sublime with Rome, Capital Inicial, Jota Quest, O Teatro Mágico.
Tenda eletrônica: DJs Sharam, Roger Sanchez, Markus Schulz, Life is a Loop; Mario Fischetti, Sander Kleinenberg e Nick Warren

Dia 11: Linkin Park, Queens of the Stone Age, Incubus, Pixies, Avenged Sevenfold, Cavalera Conspiracy, Yo La Tengo, Gloria.
Tenda eletrônica: DJ Erol Alkan, Gui Boratto, Anderson Noise.

Notícias da Semana

# O LCD Soundsysytem, que lançou This is Happening este ano, até então último albúm da banda, lançará outros discos, segundo o vocal, James Murphy.
# The Libertines, depois de terem se separado devido a brigas contínuas entre Carl Barat e Pete Dohrety, retornaram aos palcos na casa de shows HMV Forum, que fica no boêmio bairro de Camden, em Londres. Este show antecede a inserção da banda em festivais que, conforme sejam rentáveis e proveitosos para a banda, resultará em um novo albúm.
# Ronnie Wood, guitarrista dos Rolling Stones, convidou bons amigos para seu próximo trabalho solo, intitulado I Feel Like Playing. Nesta festa estarão presentes Flea (baixista do Red Hot Chili Peppers), Bobby Womack, Slash e Kris Kristofferson.
# No dia 19 de outubro, chegas nas lojas o nono e último volume da Bootleg Series, de Bob Dylan, coletânea de discos que vinham sido lançados desde 1991, compilando o vasto material raro e inédito do cantor.
# Confira novos vídeos lançados esta semana:
*Linkin Park - The Catalyst
*Bjork - The Comet Song
*MGMT - Congratulations
*Ozzy Osbourne - Life Won't Wait
*Papa Roach - Kick In The Teeth
*Disturbed - Asylum
*Arcade Fire - Ready To Start(música viciante)
*I Blame Coco - Quicker
*John Legend Feat The Roots - Wake Up Everybody
Sim...eu sei...não botei os links e tal...vai no youtube poh.
#
O cantor Wyclef Jean, ex-Fugees, foi proibido de se candidatar à Presidência do Haiti, onde nasceu, nas eleições que acontecem em novembro. Atuante no País, antes e depois dos terremotos de 12 de Janeiro, Wyclef havia anunciado no inicio de agosto que concorreria ao cargo de presidente nas eleições. Mas na semana passada as autoridades responsáveis pelo conselho eleitoral declararam que ele "não está na lista com os candidatos aprovados" para a corrida presidencial, devido a comprovação de residência fixa no País.
# Black Eyed Peas procura roadie brasileiro para turnê pelo país. Inscrições no site oficial.
# Jay-Z abrirá 5 shows do U2 da turnê 360º.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Dreamin' Out Loud

Você conhece One Republic? Não? Sim, você conhece muito bem. Em 2007, o arroz de festa do rap, Timbaland, convidou os caras pro seu albúm “Shock Value”, e remixou uma música deles, “Apologize”, colocando novos vocais (os dele, claro, em formato eco) e levando ambos ao topo das paradas por todo o mundo. Depois de todo o sucesso feito, a banda lançou seu álbum de estréia e conseguiu boa repercussão, que se deve a um preenchimento no disco de todos os elementos pop vigentes hoje em dia. No decorrer de minha análise, você entenderá por que.
O debut de estréia, “Dreamin’ Out Loud”, não somente faz o que o povo do pop atualmente tem feito, mas vai além por poucos e essenciais motivos: a amplitude e boa utilização das essências pop distribuídas nas músicas, e a capacidade compositora de Ryan tedder que, caso você não saiba, compôs alguns dos últimos hits que apareceram nos últimos anos, como “Bleeding Love” de Leona Lewis, “Halo” de Beyonce, “Alraedy Gone” de Kelly Clarkson e “Battlefield” de Jordin Sparks. Basicamente, um Marcos Sullivan norte-americano.
O disco abre com “Say All I Need”. Bom, as influências das batidas hip-hop se fazem bem presentes por aqui, por trás de uma melodia bem doce, e com o vocal de Ryan, lembram uma fase anos 90 do U2. Seguimos o disco com a romântica-agitada “Mercy”, guarnecida do pop fácil, com refrão pegajoso e vocal adequado para a letra de auto-ajuda. Apesar de simples, e de nos permitir pensar que já ouvimos tal melodia em outro lugar (em um cd do The Fray, Take That ou Snow Patrol), ainda assim eles fazem com excelência.
O brado, entretanto, só ocorre na terceira faixa: “Stop and Stare”. Aí sim batamos palmas para Tedder, pois além de uma introspectiva letra, a banda soube conduzir violão, piano, guitarra e bateria extremamente bem. O ar catártico que esta canção carrega se segue no playlist: em “Apologize”, com batidas secas formidáveis (que, para os mais “fmsistas”, talvez sintam falta do onipresente Timbaland); “Goodbye Apathy”, “All Fall Down” e “Come Home” apresentam mais do mesmo do pop atual, finalizadas como melodias simples e costumeiras.
E isto não impede de que outras faixas sofram influência, nem que sejam indiretamente, como no caso de “Won’t Stop” e “Prodigal”. Letras bobas, embotadas por arranjos simplórios. Ainda assim não transformam os caras em epigonistas. Pelo contrário sabem exercer com maestria o estilo no qual estão, visto em “Someone To Save You”, com baladinha que lembra tempos mais “pops” de U2 e “Tyrant”, com fulcro que lembra uma marcha, e no caso, da nação FM penetrando nos canais auditivos mundiais.
Quaisquer erros cometidos neste debut, talvez devam ser aceitos e compreendidos. Pois, como informa o título do albúm, aqui eles se permitem sonhar. Resta saber se quando acordarem (em breve, resenha do 2º albúm, "Wakin' Up), saberão fazer tudo corretamente. É esperar pra ver.

segunda-feira, agosto 23, 2010

A guerra agora é pop.


A edição de setembro, da Rolling Stone Brasil, retrata, em reportagem exclusiva, o retorno das ultimas tropas de combate presentes no Iraque, depois de sete anos após a invasão liderada pelos Estados Unidos que derrubou o ditador Saddam Hussein. Tal meta, entretanto, foi auferida mais de um ano depois do atual governo de Barack Obama.
Quando alcançou a presidência em 2008, muito se esperou por uma atuação do enfim presidente negro norte-americano. Pelas medidas tomadas (ou não) em 2009, boa parte da intensa perspectiva esperada do atual governo obteve certa decepção. Dentre elas, o recuo dos soldados, que permaneciam em continente asiático, meneando sem objetivo, para dores de familiares nos EUA.
Tal cenário, por vezes, acentuou a cultura pop americana, se fazendo presente em filmes, como “Pearl Harbor”, “A Volta dos Bravos”, “Guerra ao Terror”, e em “Querido John” (com embasamento romântico); e músicas, como “Wake Me Up When September Ends” do Green Day (referente ao atentado do 11 de Setembro), “Thinking About You” da Norah Jones (retratando a perda pelo combate) e “Waiting For The World To Change” do John Mayer (apontando para um mundo de mudanças).
O “pop”, no entanto, formou a base estrutural para a propagação do eleitorado democrata pela Terra do Tio Sam (como podemos conferir na edição de Agosto de 2008), onde figuras da cultura local reuniram-se para manifestar apoio pelo candidato negro, o qual manifestava afeição ao comportamento cultural vigente. Apesar da demora, tal acontecimento nos trás um compulsório momento de liberdade. Embora um pouco tardio para a figura mais importante “de todos os tempos da última semana”, tal premissa nos incide a buscar uma resposta ampliada nesta reportagem mensal, que busca um epítome a cerca da gestão Obama, sobre este ciclo bélico.
Ainda que Neil Young tenha estrondeado um dia, cantando “Na tela plana nós matamos e somos mortos novamente. E, quando a noite cai, eu rezo pela paz”, hoje podemos como John Lennon proferiu um dia, bem antes de qualquer previsão para o atual cenário, cantar no fim do ano “Um Natal muito feliz e um feliz Ano Novo. Vamos Esperar que seja um bom ano. Sem medo. A guerra acaba, se você quiser. A guerra acaba, agora. Feliz Natal".






Eu sei...eu sei...ficou horrivel...mas, postagem é postagem.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Indicação : us "Brandons"

Se você não for "totalmente" alienado pelas modinhas de rock que surgiram no inicio dos anos 00 para cá, voçê deve conhecer duas boas bandas do cenário atual: Incubus e The Killers. Sim, a primeira é aquela banda que mostrou um vídeo clipe referenciando os grandes líderes ("Megalomaniac"), usou de figuras "animaslescas" para tratar de verdades humanas ("Talk Show On Mute") e te convidou para uma "reunião" sexual ("Are You In"). O Segundo é patrono de um dos refrões mais nonsense da década passada (Somebody Told Me, That You Have a Girlfriend, That Looks Like A Girlfriend, That I Met In February Of Last Year) (Como assim....). Não iremos falar nesta resenha necessariamente dos dois grupos, mas indico, aos interessados, os excelentes "A Crow Left Of The Murder" e "Oil and Water", do Incubus, e "Hot Fuss" e "Sam's Town" do The Killers.

Por um lado, temos Brandom Boyd, líder do Incubus. Com albúm novo em processo, a banda segue em turnê, passando por aqui (lê-se Brasil) em outubro. O vocalista, entretanto, divulga outro trabalho: sua carreira solo. E, se apresentar o mesmo nível de sua música de trabalho, já vale muito. "Runaway Train" é simples, coesa e direta. Com um riff aqui e ali (como a banda do cara), violão surrado que intensifica um romantismo implicito e bem característico de Boyd (escute "Drive" e "Love Hurts") e uma magnitude musical que por vezes nos coloca no ínicio dos anos 90, em meio as baladas grunge. Há quem pense nesta faixa como qualquer outra do outro projeto deste homem, mas conseguir acertar, sem estar ligado ou dependendo de outras mentes, já é de merecida honra.

Por outro, temos Brandon Flowers, líder do The Killlers. Devido a uma pausa em sua banda, Flowers lança "Flamingo", seu 1º disco solo, ainda este ano. O 1º single, "Crossfire", já foi lançado (aliás, o clipe é de produção execlente). Bom, ao ouvir esta canção, não há como separar da banda do messiânico, devido ao timbre de voz já bem peculiar de Flowers, que chega a definir a banda. Mas não limitemos. A faixa, talvez lembre em sua melodia outras canções do grupo, como "Jenny Was A Friend Of Mine" e "Smile Like You Mean It". Mas, ainda sim, ela fala por si só. O refrão nos remete a um ano esquecido dos anos 80, apresentando ora sons de piano, pitadas de eletrônico e uma nostalgia romântica exemplar do grupo de Flowers.

As faixas, excelentes. Os albúns, não sabemos. Mas talento, experiência e capacidade de arriscar, ambos têm de sobra. E se um deles aparecer na lista dos melhores do ano, não "corcoveie", e apenas aceite.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Only By The Night

Em minha vida musical, jamais esquecerei alguns momentos: como assistir “Hands Clean” da Alanis Morissette em um fim de tarde depois de um jogo de futebol; ver “Você” do Dead Fish em primeiro lugar dos clipes mais pedidos, por serem a melhor banda de hardcore no Brasil (na época); e ver uns marmanjos tocando um belo rock n roll caipira, sujos e largadões. Sim, eram os Kings Of Leon, e na época, divulgavam “Youth and Young Manhood”, com os clipes de “Molly’s Chambers” e “Wasted Time”, sendo a ultima a música que até hoje toca em meu fantástico mundo de Guto.
Como tudo muda, até a bermuda, os KOF transitaram de estilo durante os últimos anos. Há quem não enxergue tal mudança, mas ela se torna vigente conforme escutamos “A-Ha Shake Heartbreak”, o segundo disco, e “Because Of The Times”, o terceiro. Enquanto o segundo álbum carrega (até mais e melhor) a inspiração do rock de garagem sem qualquer resquício urbano, o terceiro aspira novos ares, e transita romantismo (“Fans”, “On Call”) e, às vezes, uma agitação forçada (“Charmer”).
Em 2008, eles lançam “Only By The Night”. Antes disso, verificando os charts musicais ao redor do mundo, vejo que em certa semana, “Sex On Fire” estréia diretamente no primeiro lugar da parada britânica. Escutando o disco você percebe o porquê. “Closer” começa meio intimista, mas o som de verdade se percebe em “Crawl”: uma levada rock n roll de orgulhar quem já fez belamente um dia, como o Led Zeppelin ou o The Who. A faixa nos mostra um alcance vocal invejoso, e ao mesmo tempo, com certo candor. Em seguida, vêm os singles: “Sex On Fire” e “Use Somebody”. O 1º adota uma linha mais indie, ou simplesmente bastante moderna, destoando do passado do KOF, e delineando, por que não, um novo começo. No 2º, observamos a influência de Bono, vocalmente e como líder, como quando Caleb entoa o refrão da faixa, desencadeando em uma explosão catártica. Em “Manhattan”, nos surpreendemos o quão o século XXI pode influenciar uma banda: riffs pegajosos, um sussurro aqui e ali, e uma letra que convida o ouvinte para esta festa moderna (Like Dance All Night and Dance All Day...I Swear).
Daqui em diante, o Kings segue menos inspirado. “Revelry”, uma balada bem relaxante, como se o compositor estivesse desabafando a sua vida, segue suave. “Notion”, a oitava faixa, é uma ótima música, que poderia ter sido colocada em outro lugar do disco, e não entre duas faixas secas e repetitivas: “17” e “I Want You” nos mostram que, quando se muda de estilo, tentar reavivá-lo se torna uma tarefa difícil. Logo, estas faixas se tornam meras tentativas de implicar em uma sonoridade despojada e suja. Em “Be Somebody”, percebemos um mixo das duas gerações da banda, presos em um vórtice louco.
Por fim, o disco encerra com “Cold Desert”, que acerta bem mais que “Revelry”, e nos remete a uma sonoridade blues meio anos 60, em meio ao seu clima calmo e nostálgico. Terminando o disco assim, talvez seja como se a banda estivesse dizendo que retomaria ao trabalho feito nos dois primeiros álbuns, onde a sonoridade era mais certeira e montante, sem firulas e meneios. Aí seria um recomeço ao começo. Nada mal.

sábado, agosto 07, 2010

The Black Keys e Grand Funk Railroad



Não foi nada fácil analisar o álbum “Brothers”, sexto trabalho em estúdio da banda The Black Keys, lançado em 2008. Fiquei confuso sobre o que achar, confesso, mas isso só foi aparecendo à medida que fui escutando cada vez mais o álbum. Na primeira vez que o ouvi, achei-o enfadonho, pouco criativo e beirando à mediocridade. Em resumo: uma merda. Apenas três músicas fizeram meus pés gostarem de acompanhá-las no ritmo e olhe lá! Até aí, tudo bem. Mas fiz questão de ouvir de novo. Queria ter certeza que daria nota “1” ou “2” ao álbum. Resultado: meu número de músicas preferidas aumentou significativamente. De três passaram para cinco, seis. Como? Não, sei. Esse é o mistério da subjetividade, que fique registrado. Não conformado, voltei a ouvir o álbum, mas muito tempo depois. E essa terceira audição, pasmem, me fez ver algum valor em “Brothers”. Um valor muito além de um “1” ou um “2” mas, obviamente, nada que chegue a um “10”, até porque não sou uma metamorfose ambulante tão aguda assim. Dou sete, na média. Nada mais justo. O rock “ensoulsado” do álbum, para o qual antes eu tinha dado um cuspida, me pareceu um tanto mais charmoso. Um charme que eu poderia dizer que é esforçado, sim, mas que se dilui em razão do clima vagaroso que o álbum exprime em suas músicas. Clima este que faz o trabalho parecer maçante lá na décima primeira, décima segunda faixa e que, como já dito, encobre tal charme,o qual sempre está lá, é só procurar, coisa que eu não tinha conseguido fazer nas primeiras audições. Todas as composições podem não ser um primor – e isso eu não abro mão de criticar –, mas que têm sua sedução,com seus inusuais timbres de guitarra e bateria, elas têm. Destaque para “Next Girl”, “She's Long Gone” (com seus riffzinhos bacaninhas), “The Only One” e “Sinister Kid”.



Falando em rock com pegada soul, volto-me agora para os anos 70, mais precisamente ao ano de 1971, ano em que foi lançado o álbum “E Pluribus Funk”, do power trio norte-americano Grand Funk Railroad, um das bandas mais representativas da década de 70. Devo dizer que tomei um susto com esse álbum, de tão bom que ele é. Quando dei por mim, me vi no meio de um avassalador hard rock de pulsante veia soul, sem saber direito o que tinha me atingido. Ao final do álbum, não pude acreditar que só fui conhecer essa banda nesse ano de 2010. Tratei logo de encontrar a discografia desses caras e ouvir com gosto, mas nenhum outro álbum desse trio me causou tanto impacto quanto o “disco da moeda”. Logo no começo, em Footstompin' Music, Mark Farner (guitarra, teclado, órgão, harmônica, vocais), Mel Schacher (baixo) e Don Brewer (bateria e vocais) nos prometem um ótimo momento (“Come on everybody, we're gonna' have a good time, yeah”), coisa que será corretamente cumprida até o último segundo da última faixa do disco. Friso: cumprem mesmo. Sabem o que estão falando e mandam logo outra pedrada, a segunda faixa “People, let’s stop the war”, seguida das posssantes “Upsetter”,” Come Tumblin'”, “Save the Land” e “No Lies”. Para encerrar, uma obra prima, “Loneliness”, executada com todas as forças em parceria com uma orquestra! Não tive escolha: mandei um “puta que pariu” ao fim da audição. Atire o primeiro tijolo aquele que escutou esse álbum e não gostou! Não vai ter nem um!

terça-feira, agosto 03, 2010

Al Goodman


Na segunda passada, 26, para quem curte música dos anos 60-70, e já ouviu falar do The Moments, infelizmente, morreu Al Goodman, 26, cantor de soul, conhecido por faixas clássicas "Love on a Two Way Street" (sampleada em um hit recente: “Empire State Of Mind”, parceria do Jay-Z com Alicia Keys) e "Special Lady".Al morreu de insuficiência cardíaca durante uma cirurgia de remoção de um tumor, no Hackensack Medical Center, em Nova Jersey.
Como integrante do The Moments, grupo de R&B formado em Hackensack, em 1968, emplacou grandes singles, que conseguiram o 1º lugar das paradas musicais na década de 70, como "Love on a Two Way Street" e "Look at Me (I'm in Love). Depois de um tempo com o The Moments, ele e seu colega de banda, William Brown, juntaram-se a Harry Ray e formaram a Ray, Goodman & Brown, em 1978. No ano seguinte, emplacaram o primeiro lugar com a canção "Special Lady". Goodman seguiu carreira até 2008.

sexta-feira, julho 30, 2010

Shaka Rock


Na década passada, muitas bandas surgiram. E cada uma, em seu ano inicial, marcou algo para o mundo da música: The Strokes em 2001 como a salvação do rock; os Arctic Monkeys como uma grande guinada para o indie rock; e o The Darkness como a volta do “metal” farofa. E lá em meados de 2003, a banda Jet lançava o seu primeiro álbum, “Get Born”. Cheio de hits e bons riffs de guitarra, bateria acelerada e baixo vibrante, o Jet mostrava ao mundo que a Austrália não vivia só de AC/DC (e canguru). “Are You Gonna Be My Girl” rodou mundo afora e “Look What You’ve Done” lembrava baladas a lá Beatles do meio da década de 60.
Três anos depois, “Shine On” chegava nas lojas e, por não apresentar hits ao nível das citadas em “Get Born”, o disco não emplacou nem em vendas, nem nas paradas musicais. Mas, atenção: isto não quer dizer que o disco seja descartável. Pelo contrário, deve ser tão apreciado quanto o primeiro: destaque para a faixa título e “Put Your Money Where Your Mouth Is”, onde os vocais lembram um Rolling Stones desajeitado (ou um The Darkness repaginado).
Mas eis que chegamos em 2009, onde o indie rock já é bastante divulgado, e as bandas que surgiram no começo da última década lutam por um espaço entre os novatos. E lutando, o Jet lança “Shaka Rock”. Bom, não é o momento mais inspirado dos australianos. E isso fica evidente em “Beat On Repeat” e “Start The Show”. A primeira mostra o alcance da influência do quarteto de Liverpool, onde em casos como este, soam altamente repetitivos e desgastantes, e a segunda, mostra um Jet agressivo, porém sem propósito. Mas não podemos descartar a presença de boas canções; “K.I.A” lembra um pouco de The Who, iniciando brilhantemente o Albúm; Black Hearts On Fire faz a linha hard rock bem aplaudida recentemente, analisando finoriamente a relação de um casal (I Know You Want Me But You Love Yourself Too Much); “She’s a Genius”, o 1º single, dificilmente será tão lembrada quanto “Are You Gonna...”, mas nem por isso deixa de ser uma faixa boa, com refrão pegajoso, riffs curtos na hora certa e uma introdução de baixo que seduz até aqueles que não curtem muito o instrumento (eu, por exemplo).
Os Beatles voltam em outro momento, só que mais inspirado, como em “Walk”, onde mostram um vocal calmo, no início, que se encoleriza no decorrer da faixa. A balada do álbum, “Seventeen”, está Dercy Gonçalves anos luz do sucesso da balada de “Look What You’ve Done”, e por vezes nos faz pensar que a banda tropeça feio nesta faixa, fazendo um som que poderia ou ter sido deixado de lado, ou simplesmente feito na estréia deles, onde não colocaríamos um fardo tão grande. Mas, apesar das boas faixas que este disco apresenta, carecem do nível das músicas dos outros álbuns, como as virtuosas “Cold Hard Bitch”, “Radio Song” e “Revolver DJ” (Get Born, 2003) e “Holiday” e “Eleanor” (Shine On, 2006). As grandes surpresas do álbum concentram-se em “Goodbye Hollywood”, uma bela faixa, que mistura berros e sussurros orquestrados satisfatoriamente, e “She Holds a Grudge”, que destoa de todo o disco, e apresenta uma sonoridade folk que pouco se vê nas bandas de hard rock atuais. Ainda assim, é pouco tanto para o álbum, quanto para a banda que poderia continuar a expandir o bom trajeto que vinha fazendo nos discos anteriores. Mas, em terra de AC\DC, pequenas toadas bisadas não fazem a menor diferença.

terça-feira, julho 27, 2010

Mother's Milk


Algumas vezes, os albúns que antecederam aqueles de maior sucesso do artista ou da banda são os que mais chamaram minha atenção. Aconteceu isso com “Off the Wal”,do Michael Jackson, que veio antes do super bem-sucedido “Thriller” e aconteceu isso também com “Mother’s Milk”, dos Red Hot Chilli Peppers, que antecedeu o famoso “Blood Sugar Sex Magik”. Tá certo que este último define melhor o estilo da banda, mas tenho certo apreço especial pelo “Leite da mãe”.Nele, o funk-rock característico dos pimentões está mais pesado em comparação ao “Blood Sugar Sex Magik” e isso fica bem evidente logo no começo com “Good Time Boys”.Em seguida, vem o ótimo cover de uma música do Stevie Wonder, “Higher Ground”,em uma versão deliciosamente mais densa e ao mesmo tempo tão envolvente quanto a versão original (outro cover presente no álbum é de “Fire”, do Jimi Hendrix, a qual está mais acelerada e que fica deixando a desejar). Na sequência, a faixa mais genial de todas,“Subway to Venus”, em razão do maravilhoso naipe de metais que toca nela, no qual o baixista Flea toca trompete, coisa que ele também irá fazer em “Taste The Pain" e "Pretty Little Ditty". Em “Nobody Weird Like Me” e “Punk Rock Classic” temos uma pegada mais punk, com o Flea fazendo ótimos slaps. Com “Knock Me Down”, o nível cai um pouco: esta última parece uma música do Jota Quest. Ela só se salva pelo refrão, pela letra interessante e pelo ótimo solo vocal da cantora Vicki Calhoun no final . Na sacana “Sexy Mexican Maid” temos um sensual solo de sax e em “Stone Cold Bush”, “Magic Johnson” e “Johnny, Kick a Hole in the Sky” podemos enxergar mais daquele peso que eu falei lá atrás. Conclusão: ouçam, vale a pena, pois, como disse o vocalista Anthony Kiedis, "o leite materno nutre e desintoxica. Quando você o bebe, você se sente bem e saudável. E isso é o que a gente quer que nossa música represente”. Precisas palavras.

quarta-feira, maio 26, 2010

Paper Tongues - Trinity


O que esperar de uma banda de sete homens? No mínimo, uma amálgama de pensamentos. E é isto que ocore no Paper Tongues, principalmente em "Trinity".
Com um início á la "sol de lascar do faroeste", o septeto dispara uma melodia primeiramente à base de sintetizadores, destrinchada posteriormente em um refrão longo e sedutor, onde influências de U2 e Keane aparecem aqui e ali.O importante nesta faixa é destacar a pluralidade de passagens presentes na música, não tornando isto um fator contra. Neste belo single, há até espaço para os "oh oh ahhh,oh oh oh ahhhhh".

segunda-feira, maio 24, 2010

Especial - Nº 1 - Banda Nova?!




Banda Nova? Nem tanto no Brasil, mas se você esteve nos últimos meses em países da América do Norte ou Europa, provavelmente deve ter sintonizado uma onda de rádio e escutado "Hey Soul Sister", do Train.

Sim, esta música já é de longe um dos grandes hits de 2010. Mas engana-se quem pensa que esta banda acabou de ser fabricada. Mais ou menos 15 anos atrás, a banda já estava na estrada, fazendo pequenos shows, influenciados por Counting Crows (detentores do Hit "Mr. Jones) e Barenaked Ladies, do Canadá.
No fim da década de 90, vinha o 1º Albúm e o 1º grande single, "Meet Virginia". "Drops Of Jupiter" lançou de fato eles, não ao mundo como um todo, mas para caminhos além "supremacia americana". Deste disco, surgiram outros hits como a faixa-título e "She's On Fire". "Calling All Angels" e "Ordinary" (Esta trilha sonora de Homem-Aranha II), de "My Private Nation", confirmaram o talento da trupe de Pat Monahan no segmento pop/rock americano.
Porém, eis que veio a "c.g.d." da banda. Em 2005, veio "For Me, It's You", considerado pela crítica um albúm sem grande singles e falta de inspiração do grupo. Consequência ou não disto, Pat Monahan declara pausa na banda, e lança albúm solo.

Enfim, chegamos em 2010 e o que queríamos? Cultuar a estranheza (Lady Gaga), a musculatura do corpo (Rebolation) ou falar do amor ao próximo, ajudando-o e nos unindo para fazer deste mundo o lugar melhor através de mentes conecatadas pelo afeto e amizade? Muito provavelmente vários optarão pelas duas primeiras opções, mas reflitam sobre o que falta em suas vidas, e acredito que, ouvir esta canção, já é um belo e razoável primeiro passo para o preenchimento.








DICAS DE "SAVE ME, SAN FRANSCICO"


- A faixa-título, que traz uma bela levada country, bem típica na terra do Tio Sam, carregando uma letra que analisa o amor às coisas diversificadas no mundo. Ouça também "If It's Love".

sexta-feira, maio 21, 2010

Single Comentado - Delphic - Doubt e Halycon






Não, não é Pet Shop Boys. Nem de longe seria. Está mais para um New Order moderno. Ou maduro?



Se você ainda não conferiu nenhuma aposta dos críticos britânicos pára 2010, começe por esta banda: arranjos que misturam beats eletrônicos com guitarras bem acopladas no cenário indie, adicionando a isto um vocal que transita brilhantemente entre o electro e o british rock.



As primeiras batidas de "Doubt" podem causar estranheza, mas continue a sua audição, e ore para que esta banda não brilhe somente neste primeiro passo.

quarta-feira, maio 19, 2010

Single Comentado - American Bang - Wild And Young


Influenciados por Rolling Stones, The Kinks e Beatles, vale muito a pena conferir o som desta banda de Nashville. Não por suas influências, e nem pelo vocal assemelhar-se bastante com o Caleb, do Kings Of Leon, mas também por serem um intermédio disto: transitam muito bem entre o blues sessentista e o rock sujo e rasgado de tempos atuais (to falando do KOF de "Youth And Young Manhood", de 2003). Além disso, a letra transborda o espírito que falta para os jovens de agora: ser jovem, mas ser selvagem.

sexta-feira, maio 14, 2010

Single Comentado - Against Me! - I Was a Teenage Anarchist

Quem nunca foi rebelde? Quem nunca quis estrangular alguém em um momento de raiva? Quem nunca quis fazer rebeldia sem causa? Quem nunca quis promover uma revolução, mental que fosse?
Seguindo esta linha que a banda punk (já nem tão punk assim) norte americana (soa mais como inglesa) lança o single "I Was A Teenage Anarchist".
Soando como editors, permeando no refrão na linha frágil entre Kings Of Leon e Rancid, esta banda lança uma música que, se fosse de uma mais conhecida internacional (e nacionalmente), estaria candidata a um dos grandes singles de 2010.
Mas, como possivelmente não vá se tornar, você já pode cantar, no banheiro: "When you were young, and you used to set the world on fire"

segunda-feira, abril 12, 2010

The Temper Trap - Conditions


Antes de estourarem na Europa no ano passado, o Temper Trap era a aposta dos criticos para 2009. E não deu outra. As faixas de "Conditions" tocaram mundo afora, seja em seriados vampirescos (The Vampires Diaries) ou filmes cult-teens (500 days of Summer). E isso se deu pelo fato de que as faixas do albúm, em sua maioria, merecem tal destaque.
"Sweet Disposition", o primeiro single do Albúm, estorou na Austrália, país de origem da banda, e explora não só a bela voz de Dougie Mandagi, bem como uma bela letra que explora as boas coisas da vida, como a juventude e o amor.
"Fader" explora a descontração, onde parece colocar os Pet Shop Boys numa pista dançante de rock. "Love Lost" brinca com os sentimentos do amor, levando a um ponto interessante para quem acompanha o rock atual: no refrão da música, soa como as baladas "Use Somebody" e o refrão de "Be Somebody" do último albúm do Kings Of Leon, o "torcedor de narinas", "Only By The Night".
Nas outras faixas, influências do indie e do pop rock britânico aparecem aqui e ali, como em "Science Of Fear", que tem um quê de The Shins e "Ressurection", que traz uma sonoridade parecida com as baladas étereas dos anos 8O.
Por fim, o albúm encerra com The Drum Song que, em nada altera a sonoridade e a boa qualidade do albúm.
Nota: 9,0