quarta-feira, setembro 22, 2010

Papel News

# Novo trabalho ao vivo de Elba Ramalho chega em outubro.
# Bateirista do The Drums deixa o grupo
A banda, depois der ser revelação em 2009, com o Ep Satellites, lançou este ano o "The Drums". Confira músicas como a bela "Forever and Ever Amen" e "We Tried", sem esqueçer o "hit internético" que os trouxe ao mainstream, "Let's Go Surfing".
# Fleet Foxes finaliza sucessor de "Fleet Foxes", de 2008.
Caso você tenha pensado "essa banda já vai lançar o segundo albúm e eu não conheço nem o primeiro", procure músicas como "Mykonos", "White Winter Hymnal" e "Quiet House".
# Avantasia e Jessye Norman no Brasil.
# Radiohead e R.E.M finalizam albúms, e My Chemical Romance promete disco novo até o fim do ano.
# Jimmy Eat World tem 3 novas músicas na internet.
"My Best Theory", o 1º Single, é uma boa sugestão.
# Black Cards, a banda paralela de Pete Wentz, baixista do Fall Out Boy, lança 1º single de trabalho, "Club Called Heaven".
# Trentz Renor, vocalista do Nine Inch Nails, libera músicas na internet da trilha-sonora do longa-metragem sobre o Facebook.
# Groove Armada abandona os palcos.
# Rihanna não vem mais ao Brasil.
# Steven Tyler em carreira solo.
1º single sai em novembro.

terça-feira, setembro 21, 2010

Lauryn Hill




Em 2010, a temporada de shows internacionais no Brasil tem trazido muitas bandas e artistas. Nesta leva, chegou por aqui neste mês de setembro, a cantora Lauryn Hill. Caso você tenha nascido a tempo de entender a musicalidade dos anos 90, você provavelmente deve ter conhecido os Fugees, banda composta por Wyclef Jean, sempre recordados devido ao hit “Killing Me Softly”, onde Lauryn descarrega emoção, sensualidade e romantismo no belo refrão. Isso aconteceu em 1996. Dois anos mais tarde, Lauryn lançaria, em carreira solo, o também bem sucedido “The Miseducation Of Lauryh Hill”, que celebrava um novo tempo do R&B e hip-hop americano.
Em 1998, músicas como “That Thing” e “Everything Is Everything”, marcaram a epóca, e traziam euforia urbana aos meios radiofônicos. Depois disso, a recente diva se lançaria a outro rumo: a carreira de mãe. Pois é. No mundo da música, ela foi escutada em músicas de amigos seus, como Common e Kayne West (escute a bela “Self Conscious”). Mais de dez anos depois, Lauryn retorna aos palcos, porém sem novidades, com repertório definido, prometendo disco para 2011.

Tudo bem. Reconheço o grande talento dela. O disco de 98 é realmente excelente. Indicação obrigatória. Mas será que ela fez tanta falta assim? Para mim, não. Fuçando pela internet nos últimos anos e apenas antenado às novidades, pude conhecer talentos que, surpreendiam tanto, que me fizeram pensar que Lauryn Hill podia ter mais filhos. Bom, vamos as substituições:
O ano de 2009, para quem deu uma checada no sempre "hip-hopiano" cenário musical norte-americano, pode olhar ali uma ou outra música da Melanie Fiona. Com uma voz suave, agressiva (...) e irresistível, o seu debut foi logo muito elogiado. É pra tanto. O R&B presente aqui seduz o ouvinte da primeira a última faixa, desde conquistando com a provocante “Give It To Me Right” à romântica e bela balada “It Kills Me”, e para dançar e sacudir, e observa-se aqui mais notoriamente a influência de Hill, em “Monday Morning” e no hino-particular, “Ay Yo”, com refrão tão viciante quanto os da ex-Fugees.
Tão bom quanto Fiona, Corrine Bailey Rae até agora não me decepcionou. Depois de um excelente álbum de estréia, conseguindo ganhar muitos prêmios e obter dois hits “Put Your Records On” e “Like A Star”, ela segue em um sucesso linear, com “The Sea”, lançado este ano. Triste, sim. Alegre, sim. Inovador, talvez não. Mas isso não impediu que Corrine estivesse em ótima forma, sabendo atuar por diversas perfomances. “The Blackest Lily”, é puro Rock/Soul. “Closer”, é dignamente uma obra-prima do mundo negro novayorkino. “I’d Do It All Again” muito provavelmente não toque em casamentos, cenas românticas de novela ou outras baboseiras deste nível, mas com certeza tem uma letra tão marcante quanto qualquer outra, que expresse o amor ao seu ultimo nível.
Na linha mais rap/hip-hop, não há como não citar Estelle e Janelle Monae. Coincidentemente, ambas só fizeram sucesso em seus segundos discos, a primeira com “Shine”, de 2008 e a segunda com “The Archandroid”, deste ano. Excelentes discos. Para quem não acompanhou a década de 90, talvez até ache que “Tightrope” da Janelle e “No Substitute Love” da Estelle sejam originais. Em “Come Over”, parceria com Sean Paul, onde Estelle exibe talento com êxito, a ifluência de Lauryn se torna ainda mais notória.
Indo por lado mais Soul, Joss Stone, a branca negra, desfilou talento de sobra durante quatro álbuns. Sim, ela se perdeu nos dois do meio, para recuperou o fôlego (e os elogios) com “Colour Me Free”. O jeitão Lauryn de ser, bem como sua capacidade em entreter com a suavidade de sua voz, coloca-a na lista de inspirações de Joss, ao lado de, provavelmente, Etta James e Aretha Franklin.
Alicia Keys, a última de minha analise, como diz meu pai, chegou chegando. É. Chegou. Nunca poderemos negar a influência no mundo soul/hip-hop de músicas como “You Don’t My Name”, “Fallin’” e “If I Ain’t Got You”. E depois com o disco de 2008, “As I Am”, com “No One”, “Superwoman” e “Teenage Love Affair”. Porém, ao expressar a liberdade em “The Element Of Freedom”, Keys se possibilitou alçar vôos menores, ficando no mais do mesmo, como em “Doesn’t Mean Anything” e “Put It In A Love Song”, parceria nula com Beyonce. A inspiração e a beleza pop se restringem a bela “Unthinkable” e “Try Sleeping With A Broken Heart”.
Lauryn não lançou nada novo e, sinceramente, não acredito em um bom retorno. O show, segundo criticas, não agradou tanto. Logo, sua imagem tem vivido de ser influências para novas divas que vem surgindo. Será esse o futuro dela? Nem sei mais o que esperar. Talvez pelo disco.

domingo, setembro 19, 2010

Quando o canto é reza


Bom, é até vergonhoso dizer que sou membro deste blog sem nunca ter postado, mas acho que chegou a hora, até porque sinto falta de um toque de MPB por aqui - espero que os leitores também! Mas de modo geral, posso dizer que estou muito feliz com o "papel" (rá! sacaram?) que o blog vem desempenhando até aqui.
Sem mais delongas, parto pro objeto desta postagem: o novo e belíssimo álbum da cantora potiguar Roberta Sá em parceria com os excelentes músicos do Trio Madeira Brasil, entitulado "Quando o canto é reza". O álbum é uma homenagem ao grande compositor baiano Roque Ferreira, autor de sucessos da música brasileira imortalizados por nomes como Zeca Pagodinho que gravou a provavelmente mais famosa canção de Roque, "Água da minha sede".
A parceria de Roberta com o Trio Madeira Brasil, que não é de agora, rendeu frutos muito gostosos de se provar; o CD inteiro é carregado da poesia popular mais pura e ainda assim apresenta uma sofisticação ímpar, sem sequer por um segundo tornar-se "música difícil". Pelo contrário, é bem fácil escutar e gostar da música desse quarteto! A combinação dos talentos realmente faz do CD um afago nos ouvidos.
O álbum inicia com "Mandingo", canção que eu conhecia na excelente versão de Pedro Luís e a Parede, onde ela tinha ares mais pesados. Aqui a música não perde sua força, o que mostra o amadurecimento vocal de Roberta, que por vezes era suave demais no início da carreira. Os solos maravilhosos do Trio Madeira Brasil completam a história do "Nego Mandingo", em uma série de referências à cultura afro-brasileira. Seguimos ao som de "Chita fina", música de amor bem mais leve que a anterior, onde se anuncia algo das composições de Roque Ferreira e que pode ser visto por todo o CD: versos simples e belíssimos, falando a língua da gente que ele realmente quer retratar com uma competência que não deixa nada a dever a ninguém e com construções de imagens que são um convite a poetar com ele também. Essas belas canções de amor polvilham o disco, e tais elementos são encontrados também em "Água da minha sede" (em uma versão incrível que acentuou a poesia original da música), "Xire" (que tem um dos versos mais bonitos na opinião de Roberta: "seu namorado serei, serei, serei, sereia")e "A Mão do Amor" (que tem as metáforas e imagens entre as mais inteligentes do álbum, na minha opinião).
A fé e adoração ao povo simples e à cultura afro-brasileira também são elementos fortes nas composições de Roque; além de "Mandingo", são a temática principal também em "Zambiapungo", "Orixá de frente" e "Menino". Friso aqui "Orixá de frente", uma canção extremamente terna, inclusive quando sugere possíveis relações entre o senhor e seus escravos ("quando a preta samba, nos olhos de ioiô é tanto querer bem/bem que iaiá queria, só por um dia, ser preta também"). É lindo ver o carinho e deferência com que o compositor trata os temas afros.
O cotidiano da gente do povo também é marca registrada. "Cocada", "Tô fora" e "Festejo" representam muito bem isso. O compositor consegue ir do humor ao lírico em segundos, sem se perder. Excelente. Para encerrar, temos "Água doce" e "Marejada", duas grandes sucessões de imagens e comparações que exprimem os mais profundos sentimentos de Roque.
Claro que essas temáticas não são estanques, e isso talvez seja o mais delicioso: ver como ele entrelaça tantas em uma só música, o que faz de cada uma delas uma composição única. Tudo isso embalado pela voz de seda da Roberta Sá e pelos incríveis músicos do Trio Madeira Brasil fazem desse CD um resgate a altura da obra de Roque Ferreira e um item que vale muito a pena conferir para os apreciadores do gênero. Recomendo!

sexta-feira, setembro 10, 2010

Novos Vídeos

# Kings Of Leon - Radioactive
# 10 Years - Shoot It Out
# Cee-lo Green - Fuck You
# Placebo - Trigger Happy Hands
# The Ting Tings - Hands
# Marina And The Diamonds - Shampain
# Ne-yo - One In A Million
# B.O.B Feat. Rivers Cuomo - Magic
# Bruno Mars - Just The Way You Are
# Maroon 5 - Give A Little More
# Stone Temple Pilots - Take A Load Off

Priorizem os destacados, por favor.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Good Charlotte


Há 5 anos atrás, o banda pop/punk/emo/rock lançava o plausível "The Chronicles Of Life And Death". Misturando essência pop, com batidas que remetem ao funk, vocais lamuriados (por conta da temporada emotiva), e temperos punk associados ao início da banda, o disco me fez pensar que, o grupo, diferente dos que muitos afirmam, não amadureceu, mas estabeleceu um meio termo entre gerações, proferindo temas sérios para gente jovem.

Com o sucessor, porém, meu céu de esperanças veio abaixo. Não totalmente. "Good Morning Revival" não é todo decepção: "Misery", com letra tristonha, mas com batidas acelerantes, e passagens de guitarra bem marcantes; "The River", com a participação "almost" nula do vocalista do Avenged Sevenfold, cria um hino maduro para a banda; e outras canções, como "Beautiful Place" e "Something Else" trazem um prazer nem tanto duradouro para o disco.
As outras faixas, como a infatilóide "Keep Your Hands Off My Girl", "Victims Of Love", "All Black" e a faixa-título, por um lado, decepcionam o ouvinte, desistindo-o progressivamente de escutar este albúm. O single mais conhecido do disco, "Dance Floor Anthem", nem de longe lembra outros hits, como "The Anthem" e "Boys And Girls".

Eis que chegamos em 2010, e os chalottes prometem albúm novo. Putz. Sinceramente, nem vou me dar ao trabalho de ir no 4shared(huauahuhau). O 1º single, "Like It's Her Birthday", parece uma sobra do disco anterior, e uma mistura de erros e acertos acumulados até então. Com umas notas de guitarra que marcam o refrão, e o vocal de Madden bem propício aos velhos tempos (sem fazê-los), a candidata a hit desencadeia numa canção fraca, com letra simplória e com batidas bisadas.

Bom, espero que essa seja uma das poucas músicas ruins do disco. Afinal, não dá para se esperar que esta seja a única. Mas, justiça seja feita ao Good Charlotte. Não é pra muitos continuar a fazer, até hoje, depois de uma década, fazer o mesmo som que fazem. Literalmente.

Stand In The Middle Corner

Em tempos de conflitos mentais que bradamos por salvação, seja pelo processo de globalização mundial que nos onera cada vez mais aos sentimentos e locais de solitude e abandono, ou pela banalização do espaço comum de recorrência, pude ser beneficiado com o conhecimento de obras excelentes, tanto por seu caratér imediato de resposta, quanto por suas visões analíticas a cerca dos mundo que nos fecunda para alegria momentânea.
O primeiro é uma passagem bíblica, vinda de mateus 25, 13 "Vigiai, pois, porquê não sabeis o dia em que vosso Senhor virá..". Enfatizando o verbo "Vigiar" do versículo, percebemos não somente o retorno de Deus, mas a palavra como essência gramática. Logo, o que pouca gente compreende é o caratér dado ao tom imperativo mostrado, pois se anuncia a precaução, o ser atuando com cautelosidade a cerca dos falsos ventos de alegria que o enganam, para que se atente ao usurfruir, não com limitações, mas com previdência.O segundo é uma passagem "Beatínica", do Livro "Viajante Solitário", do Head-liner da Geração Beat dos anos 50, Jack Kerouac: "Na rua, tudo é perfeito outra vez, o mundo está constantemente impregnado pelas rosas da felicidade, mas nenhum de nós sabe disso. A felicidade consiste em compreender que tudo é um grande e estranho sonho."

Aqui, se outorga a ventura do homem como membro e objeto implicíto do todo que ele é. Porém, esta persona prefere agir com atos de lamúria e acomodação, sem se dar conta de que todo o complemento atrativo para o benefício humano está devidamente estruturado na cidade cinza que vivemos, sejam rosas ou espinhos.
Antes tentarmos compreender o mundo, do que aceitá-lo como ele é, pois a vida está aí, e o que nos impede de viver são deturpações feitas do modelo ideal estabelecido, ribombeados repetitivamente.
Provavelmente esta postagem não alterará em nada o seu pensamento a cerca do mundo e da felicidade. E muito provavelmente você talvez não chegado a conclusão alguma com a minha análise. Mas, se pararmos para pensar, teria algum valor se eu chegasse aqui com a verdade em mãos? O interessante é discutir sobre elas, e não estabelecer definições, pois, como Wilde disse, pela fala do querido Lorde Henry, "Definir é limitar".