terça-feira, setembro 21, 2010

Lauryn Hill




Em 2010, a temporada de shows internacionais no Brasil tem trazido muitas bandas e artistas. Nesta leva, chegou por aqui neste mês de setembro, a cantora Lauryn Hill. Caso você tenha nascido a tempo de entender a musicalidade dos anos 90, você provavelmente deve ter conhecido os Fugees, banda composta por Wyclef Jean, sempre recordados devido ao hit “Killing Me Softly”, onde Lauryn descarrega emoção, sensualidade e romantismo no belo refrão. Isso aconteceu em 1996. Dois anos mais tarde, Lauryn lançaria, em carreira solo, o também bem sucedido “The Miseducation Of Lauryh Hill”, que celebrava um novo tempo do R&B e hip-hop americano.
Em 1998, músicas como “That Thing” e “Everything Is Everything”, marcaram a epóca, e traziam euforia urbana aos meios radiofônicos. Depois disso, a recente diva se lançaria a outro rumo: a carreira de mãe. Pois é. No mundo da música, ela foi escutada em músicas de amigos seus, como Common e Kayne West (escute a bela “Self Conscious”). Mais de dez anos depois, Lauryn retorna aos palcos, porém sem novidades, com repertório definido, prometendo disco para 2011.

Tudo bem. Reconheço o grande talento dela. O disco de 98 é realmente excelente. Indicação obrigatória. Mas será que ela fez tanta falta assim? Para mim, não. Fuçando pela internet nos últimos anos e apenas antenado às novidades, pude conhecer talentos que, surpreendiam tanto, que me fizeram pensar que Lauryn Hill podia ter mais filhos. Bom, vamos as substituições:
O ano de 2009, para quem deu uma checada no sempre "hip-hopiano" cenário musical norte-americano, pode olhar ali uma ou outra música da Melanie Fiona. Com uma voz suave, agressiva (...) e irresistível, o seu debut foi logo muito elogiado. É pra tanto. O R&B presente aqui seduz o ouvinte da primeira a última faixa, desde conquistando com a provocante “Give It To Me Right” à romântica e bela balada “It Kills Me”, e para dançar e sacudir, e observa-se aqui mais notoriamente a influência de Hill, em “Monday Morning” e no hino-particular, “Ay Yo”, com refrão tão viciante quanto os da ex-Fugees.
Tão bom quanto Fiona, Corrine Bailey Rae até agora não me decepcionou. Depois de um excelente álbum de estréia, conseguindo ganhar muitos prêmios e obter dois hits “Put Your Records On” e “Like A Star”, ela segue em um sucesso linear, com “The Sea”, lançado este ano. Triste, sim. Alegre, sim. Inovador, talvez não. Mas isso não impediu que Corrine estivesse em ótima forma, sabendo atuar por diversas perfomances. “The Blackest Lily”, é puro Rock/Soul. “Closer”, é dignamente uma obra-prima do mundo negro novayorkino. “I’d Do It All Again” muito provavelmente não toque em casamentos, cenas românticas de novela ou outras baboseiras deste nível, mas com certeza tem uma letra tão marcante quanto qualquer outra, que expresse o amor ao seu ultimo nível.
Na linha mais rap/hip-hop, não há como não citar Estelle e Janelle Monae. Coincidentemente, ambas só fizeram sucesso em seus segundos discos, a primeira com “Shine”, de 2008 e a segunda com “The Archandroid”, deste ano. Excelentes discos. Para quem não acompanhou a década de 90, talvez até ache que “Tightrope” da Janelle e “No Substitute Love” da Estelle sejam originais. Em “Come Over”, parceria com Sean Paul, onde Estelle exibe talento com êxito, a ifluência de Lauryn se torna ainda mais notória.
Indo por lado mais Soul, Joss Stone, a branca negra, desfilou talento de sobra durante quatro álbuns. Sim, ela se perdeu nos dois do meio, para recuperou o fôlego (e os elogios) com “Colour Me Free”. O jeitão Lauryn de ser, bem como sua capacidade em entreter com a suavidade de sua voz, coloca-a na lista de inspirações de Joss, ao lado de, provavelmente, Etta James e Aretha Franklin.
Alicia Keys, a última de minha analise, como diz meu pai, chegou chegando. É. Chegou. Nunca poderemos negar a influência no mundo soul/hip-hop de músicas como “You Don’t My Name”, “Fallin’” e “If I Ain’t Got You”. E depois com o disco de 2008, “As I Am”, com “No One”, “Superwoman” e “Teenage Love Affair”. Porém, ao expressar a liberdade em “The Element Of Freedom”, Keys se possibilitou alçar vôos menores, ficando no mais do mesmo, como em “Doesn’t Mean Anything” e “Put It In A Love Song”, parceria nula com Beyonce. A inspiração e a beleza pop se restringem a bela “Unthinkable” e “Try Sleeping With A Broken Heart”.
Lauryn não lançou nada novo e, sinceramente, não acredito em um bom retorno. O show, segundo criticas, não agradou tanto. Logo, sua imagem tem vivido de ser influências para novas divas que vem surgindo. Será esse o futuro dela? Nem sei mais o que esperar. Talvez pelo disco.

Um comentário:

  1. Quando olho Lauryn Hill só lembro de "Mudança de Hábito" x) Bem pouco conheço dela, é verdade... na verdade, não tenho muito como opinar a respeito, mas acho a voz dela bonita, apesar de não gostar muito de algumas músicas que já ouvi. Dessa lista, simpatizo com Corrine Baily Rae, não gosto de Alicia Keys, adoro Joss Stone e não conheço as demais :X E também preciso escutar esse álbum novo da Joss. Meu Deus, ando bem por fora do mundo da música pras bandas gringas, preciso me inteirar mais. Ainda nem que existe o Papel Mordaz (H). haahahahhaha Boa postagem, Guto!

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